Em atividade desde 1996, a Escola de Educação Infantil Guilherme Tell tem a sua história muito ligada às origens de sua fundadora, a educadora, pedagoga e psicopedagoga Susanna Erat. Susanna nasceu na Suíça e teve uma educação com forte influência da cultura alemã. Apaixonada por educação, resolveu fundar a sua própria escola, baseada no respeito pela autonomia das crianças. A Guilherme Tell nasceu, então, como uma escola diferenciada, que privilegia o espaço do brincar.

Viajou diversas vezes para a Europa e observou como os espaços eram mais amplos, permitindo que as crianças tivessem sensação de liberdade. Com o apoio do pai, Manfred Friedrich Ernst Mazurkowski, iniciou o projeto de construção da escola. Foram dois anos trabalhando em cada detalhe, contando com o apoio de grandes arquitetos. O resultado não poderia ser diferente: a Escola Guilherme Tell é uma obra de arte totalmente pensada no bem-estar e nas brincadeiras das crianças. Bem-estar que a gente vê nas salas de aula amplas e arejadas, com grandes janelas. Na cozinha, que fica bem na entrada da escola, onde se vê o preparo dos alimentos e é possível sentir o aroma gostoso da comida bem preparada por uma equipe altamente qualificada.

E as brincadeiras? Ah… O parque da Guilherme Tell foi projetado pela escultora e designer Elvira de Almeida. Elvira traduziu toda a paixão pelas crianças em brinquedos exclusivos, pensados para despertar sensações e interações entre as crianças. A escola está presente até em livro! A obra foi registrada como exemplo de integração do espaço.

“Transformei o pátio desta pré-escola em um cenário lúdico. Os pisos e os muros que delimitam a escola são o pano de fundo deste ‘teatro’, com pinturas de aves coloridas, centopeias e seres fantásticos. Há uma parte do muro com uma imensa lousa, na qual as próprias crianças podem desenhar ‘a cabaninha’, ‘o carrossel’, os ‘totens com as teias de aranha’. A girafinha e o balanço com pneu integram-se ao cenário, formando um conjunto de brinquedos que incentiva as atividades coletivas e cooperativas”, Elvira de Almeida.

O NOME DA ESCOLA

Guilherme Tell é um herói cuja imagem remete à independência da Suíça. Diz a lenda que ele era um exímio atirador – usava a besta, um tipo de arco e flecha. Ele desafiou o poder de uma das famílias nobres mais influentes da Europa, no século XIV, os Habsburgos. Conhecida também como “Casa da Áustria”, a família dominava vários territórios, entre eles, a Suíça.

Como forma de mostrar o poder, um governador austríaco tirano mandou pendurar um chapéu com as cores da Áustria numa praça central da cidade onde Guilherme vivia.

Todos que passavam por lá deveriam saudar o chapéu. Um dia, Guilherme passeava com o filho e não fez a saudação. Acabou preso. Como castigo, o governador mandou que ele atirasse sobre uma maçã, pousada na cabeça do filho. Guilherme atirou e acertou em cheio na fruta. Virou um mito, seu nome ecoou por toda a Europa. Mais tarde, Guilherme ajudou na revolta que culminou com a libertação da Suíça.